terça-feira, 18 de agosto de 2020

Minhas impressões do livro: Esta lã de sal

A poesia é a expressão do conteúdo mais profundo da alma humana. Isso é um fato, vez que só podemos oferecer ao outro aquilo que temos. No caso desse gênero literário tão intenso em sentimentos que é a poesia, fica evidente o anseio do poeta em entregar com intensidade sua mais autêntica expressão de arte.

O mais belo de uma obra de arte é que ela poder ser vista de diversas formas, seja em uma pintura abstrata em um museu, em um belo vaso pintado à mão, ou em um livro de poesias de cunho cristão. Arte é expressão. Com isso, o livro de Luiz Guilherme Libório Alves da Silva, intitulado de ‘Esta Lã de Sal’, externaliza com muito talento suas crenças e sentimentos.

Interessante frisar o estilo de escrita do autor, já que este inicialmente cita primeiramente um versículo bíblico que é utilizado para a analogia das estrofes que seguem logo abaixo. Seu domínio gramatical é impecável, despertando admiração dos amantes da língua portuguesa.

Um ponto que não poderia ser deixado de lado, tendo em vista sua beleza ímpar, é a capa do livro. Permeada de um sentimento dramático de perda, vê-se uma ovelha que parece lamentar a morte de seu jovem filhote, com corvos rodeando essa fatídica cena. Esta capa é, sem dúvida, digna de emolduração nos mais distintos ambientes.

Por fim, acredito que muitos concordem que a beleza se encontra na simplicidade. Em poucas palavras, os versos de ‘Veremos, Verão’, acabam por evidenciar tal constatação e levar o leitor a profundas introspecções. Cito:

“Chove e é verão.

Vejo o romper dos raios pela janela

Luzindo seus ramos de trigo na noite.

Minha pequena

Missão é esta:

Ser poeta”.


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