Desde
que comecei a escrever minhas impressões sobre livros, os de poesia são sempre
um desafio à parte. Diferente dos demais gêneros literários que nos envolvem em
uma história de começo, meio e fim, a poesia nos envolve de uma forma diferente,
como um enlace de espírito, provocado pelo sentimento que brota da alma do
poeta, através das letras contidas nas páginas.
Essa
identificação na semelhança de experiências demonstradas em cada poesia, deve
ser o segredo do transe causado por ‘Pergamináceo’. Sim, um transe que nos leva
a devorar toda a obra em poucos instantes, já que essa leitura pode ser
encarada como uma caminhada de autoconhecimento.
Exemplificando
essa caminhada linda de introspecção, alguns títulos desse livro devem ser citados
e exaltados, como: “Get Away”, uma poesia da verdade, que nos coloca no lugar
real de limitação temporal inerente a vida; “Amor Próprio”, um poema curtinho,
mas com tantos significados para quem um dia já se deixou de lado por alguém; “Monumental”,
versos quentes que expressam os desejos mais íntimos (de corpo e alma) do ser
humano, simplesmente lindo. Enfim, esse poeta escreve o que até então sentíamos
e não sabíamos expressar.
O
autor, Luis Guilherme Libório, em sua breve biografia na orelha de capa, conseguiu
me remeter à infância. Este poeta foi inspirado por uma professora de português
logo no ensino fundamental, que o motivou a continuar nessa caminhada
literária. Semelhante história ocorreu com esse resenhista. Mostrando a importância
da difusão da literatura na infância, como meio de diminuir desigualdades
intelectuais e sociais tão latentes em nossa nação.
Nesse
contexto, apenas posso ser grato a editora Penalux, por ter publicado uma obra
tão bela e expressiva, além de ser grato ao escritor por compartilhar seus
sentimentos aos que amam ler e sentir.
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