Uma
missão diferenciada é escrever sobre um livro de poesias. Não há
como comparar uma resenha de um romance com uma obra de associações
perfeitas de palavras harmoniosas como esta, pois enquanto um carrega
um enredo em uma determinada linha cronológica, ou outro segue a
linha da sensibilidade humana, dos sentimentos mais íntimos de cada
leitor.
Pode-se
dizer que existe um sentimento para cada verso, que pode variar a
cada momento de vida que se está passando. Ou seja, o que entendo e
sinto hoje ao ler poesias, pode, e muito provavelmente será,
diferente na posteridade.
‘O
Meu Engenho de Estrelas’ é um concatenado de versos profundos, que
nos levam a uma reflexão sobre diversos aspectos da existência
humana. Essa característica só evidencia a competência e
brilhantismo do autor Carlos Almir Ferreira, que não “amontoa”
palavras, mas dá verdadeiro significado a elas. Tomo a liberdade de
citar:
“FOGO
Quebro
o fósforo
apago
o pavio
se
nada me resta
incendeio
o vazio”
Depreendendo-me
ao verso acima, senti que cada ser humano deve emitir/ser luz,
independentemente da situação que esteja passando. Li pela manhã e confesso
que me senti revigorado, pois é um texto que vai de encontro ao
nosso íntimo.
A
diagramação do livro é linda, permitindo que se “deguste” seu
conteúdo aos poucos, se permitindo viver uma verdadeira experiência
de introspecção. O que apenas ratifica minha admiração pela
editora Penalux, dando o devido valor aos autores e obras nacionais.
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