segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Minhas impressões do livro: o grito da borboleta

Não poderia deixar de mencionar um motivo de orgulho ao deixar nesse post minhas impressões sobre essa obra, pois o autor, João Lucas Dusi, trata-se de um jovem conterrâneo. Um curitibano cheio de talento, estudioso da língua portuguesa,e, acima de tudo, um grande captador do comportamento humano no que diz respeito ao seu lado obscuro e revolucionário.

Este livro é um compilado de histórias que caminham em um sentido, ao meu ver, para demonstrar a insatisfação humana e onde ela pode nos levar. Logo de cara, o primeiro conto narra a história de um jovem rapaz, Pablo, que não cabe dentro de si mesmo, já que ao observar o comportamento das pessoas que o cercavam, bem como de toda a sociedade local, entende que vivem de maneira superficial, sem sentido ou rumo na vida.

Talvez esse tipo de percepção seja em decorrência de uma depressão, que faz a pessoa questionar tudo a sua volta, mas acredito que esse não seja o caso, tendo em vista que a história deixa claro que o menino é um leitor voraz de filosofia e literaturas correlatas. Mas todo esse conhecimento o torna frustrado ao olhar como as pessoas podem ser rasas em suas conversar e estilo de vida.

O jovem rapaz toma uma atitude drástica, deixando sua família e faculdade para vir até o Brasil, mais precisamente à cidade de Curitiba, cidade linda que exala diversidade e cultura. Dois pontos são importantes de se salientar, o jovem, criado em condições abastadas nunca tinha enfrentado os dissabores da realidade humana, além de que um obstáculo ao seu autoconhecimento acontece, o mundo das drogas.

O mais interessante, tanto na primeira história, quanto nas demais que se desenrolam no decorrer do livro, são os devaneios que nos levam a pensar a maneira com que estamos levando nossa vida. Uma pergunta clássica que sempre me faço é: "estamos vivendo ou apenas sobrevivendo", acredito que essa seja uma das mensagens mais marcantes que fica implícita no meio de tando morbidade encontrada na obra.

Quando tem seu fim trágico, um ser diabólico o chama, mas a impressão que tive era de que o ser não tinha nenhuma conotação espiritual/ sobrenatural, mas o nosso próprio ser autodestrutivo nos levando a mais um erro, mas que agora seria irreparável. O jovem morre.

Já li diversos livros em toda minha vida, alguns bons, outros nem tanto, mas quando penso na Editora Penalux, só me vem a cabeça excelentes títulos e histórias à minha mente. A qualidade na seleção das obras é fator preponderante para que uma editora deixe marcas no coração de um leitor, e esse papel é feito com maestria pela Penalux. sou muito honrado e grato por ser um parceiro literário.

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