A genialidade de alguns autores deve ser enaltecida,
principalmente a dos nacionais, que escrevem com tanta maestria essas obras que
são dignas de premiações e todos os tipos de reconhecimento.
Acho que sou um leitor do tipo que se sente órfão quando
termina de ler uma obra. Então escrevo minhas impressões sobre essa, com
o coração apertado, ainda disposto a ler páginas e páginas sobre esse
personagem tão cativante, criado por Eduardo Sens.
Uma república jovem, ainda se adaptando a nova forma de
governo instaurada, buscando a estabilidade em seus estados aglutinados, sob uma
suposta ameaça separatista no sul do país. Esse era o quadro político, do
então: Estados Unidos do Brasil.
De outro lado, temos em paralelo a história de um jovem
jornalista, já na contemporaneidade fazendo o levantamento dos acontecimentos
que transcorrem no livro. O que não torna o enredo prolixo, pelo contrário,
enriquecendo mais ainda com cada detalhe. Indo da narração inteligente na sala
de espera de um órgão público, até a invasão de um cemitério com a violação de
sepultura.
O personagem principal me cativou sobremaneira, mas acho que
sou suspeito, uma vez que sou um acadêmico desse mundo das leis. Adroaldo, um
jovem jurista nordestino, cheio de sonhos e muita paixão por sua atividade laboral,
foi designado pelo Presidente de Estado a ser Promotor de Justiça, na cidade de
Majestosa, no extremo sul do país. Sua inteligência era notável, ao mesmo tempo
que sua inocência nesse início de carreira. A paixão pelos livros de romance
investigativo, mostra a fonte de boa parte de sua personalidade.
A pequena e organizada cidade de colonização alemã, surpreende
o recém-chegado promotor, seja por suas belas casas, índice zero de
analfabetismo, união da população, bem como a particularidade de cada um de seus
moradores. O intendente, Juiz, delegado, empregada, lavradores, etc. Todos em uma
junção harmoniosa, corroborando para o bom andamento das pequenas histórias
ocorridas a cada diferente capítulo.
Mas nem tudo são flores, pois como toda boa história, não poderia
faltar na vida de um jovem promotor, amante de bons livros, a paixão por uma
bibliotecária. Paixão esta que, ao meu ver, era platônica, criada no mundo das
ideias do jovem jurista. O que não torna menos dolorosa com os acontecimentos
que se desenrolam na trama.
O último capítulo foi arrebatador, pois há a desconstrução
de conceitos criados, o que é bom, pois foge do convencional. Mas a
possibilidade de um segundo livro fica aberta e fácil de se vislumbrar com o
desfecho deste.
---
*Ao autor, quero expressar toda minha admiração. Conquistou
mais um fã.
Por fim, quero agradecer muito a editora Penalux, pois livros
marcam nossas vidas e nos tornam pessoas melhores. Seus títulos só me confirmam
o excelente bom gosto pela literatura dos que compõem a equipe.
Desejo que nossa parceria perdure por muito
tempo!
Adquira o seu pelo site: https://www.editorapenalux.com.br/catalogo-titulo/adroaldo-de-majestosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário