segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Entendendo o coração, ou não.

     Já parou para pensar na quantidade de livros, filmes e canções que falam sobre o amor? Qual seria o verdadeiro e profundo motivo pelo qual muitos são atraídos por mídias com enfoque neste sentimento? É certo que há um grande mercado para esses tipos de produtos, que a cada dia parece só crescer mais e mais. Há épocas de vampiros apaixonados, casais separados por doenças e até prostituta apaixonada por cliente rico, e estes são alguns modelos de histórias que arrancam suspiros de milhões mundo afora. Vamos tentar entender um pouco sobre o quê em minha opinião é impossível de entender, o coração.
     Tenho conceitos formados quando o assunto é o coração, pra mim existe muita diferença entre amor e paixão. O amor é aquilo que é construído dia a dia e perdura, mesmo o tempo passando e os defeitos do outro se evidenciem o sentimento aumenta, gera respeito, cumplicidade e entrega. A paixão, ah paixão! Pode virar amor, mas essa é impiedosa, pois mexe com nossa estrutura mental e física, chega a ser difícil descrever o real motivo pelo qual as pessoas se envolvam neste sentimento, seria o carisma? Beleza? Ou aquilo que o nosso subconsciente sabe que falta em nós e quer completar no outro? Mas o que realmente sabemos é que a paixão tira nossos pés do chão e nos faz tomar atitudes impensáveis, sim, a paixão é meio inconsequente, o calor do momento, ouvir a voz do outro, tudo é mais intenso, inclusive o sofrimento do término de uma paixão que é relativamente rápido, mas dói, dói como centenas de facadas desferidas.
     Nós vivemos em sociedade, já pequenos interagimos e aprendemos a falar, comer e se vestir através desta interação social, sempre acompanhados por seus familiares, amigos ou seus tutores. Ao entrar na puberdade os hormônios começam a amadurecer, pelos crescem em lugares inconvenientes, a descoberta do próprio corpo, e tudo isso pede uma só coisa: Uma companhia. E isso parece se intensificar com o passar do tempo, e surgem os namoros e enfim os casamentos. É linda a maneira de como foi relatado, mas nem sempre é assim, cada individuo tem suas particularidades, pois a maneira como esse ser foi criado irá influenciar diretamente em seu comportamento no futuro, cada um de nós carregamos medos, manias e carências, que nem sempre são suportadas por outrem, fazendo com que relações amorosas sejam complexas e sacrificantes.
     A ideia de ler um livro, assistir um filme ou escutar uma música de amor perfeito, que supera tudo, rompe todas as barreiras, isso tudo mexe com o nosso interior, pois cada um de nós na verdade tem esse desejo de viver esse sentimento perfeito e intenso, e que na vida real nem sempre é tão mágico e recíproco assim. Por isso temos que aprender com nossos erros e a se erguer após uma queda, fazendo isso sempre iremos nos levantar mais fortes e prontos para reescrever mais uma história, e quem sabe se apaixonar e depois amar.

                                                                                                   Raphael J. Prestes

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