segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Minhas impressões do livro: O general estava nu.

Ambientado no período sombrio da ditadura militar, a obra da escritora Flávia Hartmann, causa um impacto incrível na vida de seus leitores. Diversos episódios tensos, nos quais os requintes de crueldade causam uma aflição que perdura, mesmo após fechar o livro e retomar a rotina da vida, torna essa história envolvente. Entretanto, a leveza na escrita se mostrou uma característica marcante da autora, sem descrições longas e enfadonhas, mas com riqueza de detalhes que levam a imaginação para longe. 

Infelizmente a bestialidade humana narrada não se limita a ficção apresentada. Hoje sabe-se que os meios de tortura demonstrados na obra, eram amplamente aplicados naqueles que discordavam do regime ditatorial imposto. Difícil não se emocionar e se envolver a cada página. 

O personagem principal, um general do exército. Homem que demonstra ser desprovido de qualquer humanidade, que causa asco a cada aparição, até mesmo na menção de sua pessoa. Comportando-se como se sua vontade fosse soberana, pouco importando-se com aqueles que tinha como alvo, ou aqueles a quem eram próximos. 

Por mais que a vida dos diversos personagens se cruzem com essa figura horrenda, à parte, ocorrem histórias extremamente ricas em encontros e desencontros; de realização de sonhos; diversidade e, sobretudo, de humanidade. Deixando clara a capacidade de cada indivíduo reescrever sua história, mesmo que as adversidades apresentadas sejam intensas e traumáticas. Sendo, portando, uma leitura indispensável aos amantes da boa escrita, repleta de fluidez e emoção. 

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